sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ladrão que rouba ladrão......

Certo dia um refrão chamou minha atenção.
Dizia assim: “fui no terreno do inimigo e eu tomei tudo o que me roubou”

E ficava perguntando pra mim mesmo: esse tal de inimigo possui algum terreno? E se tem, onde fica? Como se mede o tamanho deste terreno? E lembrei-me do salmista que disse: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude” (Salmo 24). Tudo pertence a Ele, não há nada que não foi criado por Ele. Ele é Senhor de tudo.

A segunda parte do refrão diz: “tomei tudo o que me roubou”.

Jó disse: “O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1;21)

Quando eu tenho a convicção de que Deus governa toda a minha vida, entendo que ele governa também as ações que aos meus olhos são boas e também aquelas que aos meus olhos são ruins.
Portanto, é o Senhor que dá, é o Senhor que tira. Não existe espaço para um “terceiro” nesta relação. Se ele é o meu dono, não há espaço para outro.

E quando eu entendo isso, não tenho como questionar, pois tenho certeza de que Ele está no controle e recebo tudo de bom grado.

Agora, se porventura, eu entendo que “tenho o direito” de reivindicar aquilo que considero que foi roubado, e vou ao terreno do inimigo “tomar tudo o que me roubou”, me coloco na posição de ter algo, na posição de quem junta tesouros, na posição de quem considera por demais as coisas desta terra.

Então nosso querido Jó vem e diz: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá”. Ou seja, nada temos para ser roubados, e se achamos que temos, então estamos roubando Daquele de que tudo pertence.

Agindo assim, se cumpre não as escrituras, mas aquele velho ditado popular: “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão”.

Talvez seja esse tipo de perdão que motiva uma multidão de pessoas a ir “no terreno do inimigo e tomar aquilo que foi roubado”

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