segunda-feira, 16 de novembro de 2009

C.S. Lewis

"Antes de me tornar cristão, acho que eu não entendia completamente o fato inevitável de que a vida de alguém, depois da conversão, consistir em fazer a maior parte das mesmas coisas que fazia antes, agora com o novo espírito – espera-se -, mas ainda as mesmas coisas. [...]

A exigência divina é infinita e inexorável. Podemos recusá-la ou podemos começar tentar cumpri-la. Não há meio termo. Contudo, apesar disso, é claro que o Cristianismo não exclui nenhuma das atividades humanas ordinárias. O apóstolo Paulo manda que seus leitores continuem cumprindo as suas tarefas. Ele até presume que os cristãos vão a festas e, além do mais, festas pagãs. Nosso Senhor vai a uma festa de casamento e oferece um vinho miraculoso. [...]

Todas as nossas atividades meramente naturais serão aceitas se forem oferecidas a Deus, mesmo as mais humildes, e todas elas, mesmo as mais nobres, serão pecaminosas se não forem oferecidas a Deus. [...]

Não existe nenhum conflito essencial entre a vida espiritual e as atividades humanas como tais. Desse modo, a onipresença da obediência a Deus na vida cristã é, de certa forma, análoga á onipresença de Deus no espaço. Deus não preenche o espaço como um corpo o preenche, no sentido de que partes dele estejam em diferentes partes do espaço, excluindo outros objetos desse espaço. Contudo, Ele está em toda parte – totalmente presente em todos os pontos do espaço – de acordo com os bons teólogos."

LEWIS, C.S. O peso de Glória. São Paulo: Editora Vida, 2008.p.55,57,58.

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