domingo, 31 de janeiro de 2010

A Biblia e a Palavra de Deus

A Bíblia é Palavra de Deus não porque algumas pessoas tenham sido escolhidas por Deus como o instrumento material de uma transmissão mecânica de palavras “físicas” que Deus tenha ditado.

A Bíblia é Palavra de Deus para nós que cremos que Deus escolheu, no curso de muitos séculos, homens (e talvez mulheres) suficientemente religiosos e inteligentes (inspirados) para perceber uma verdadeira manifestação da vontade divina, de seu desejo de guiar a seu povo, a comunidade hebraica, a comunidade de Jesus, os homens de todos os tempos, por um caminho de verdade, de justiça e de santidade, em uma série de acontecimentos e ditos que outros teriam considerado como “banais” e “mundanos”, ou como simples produto da sabedoria humana ou até histeria religiosa.



A Biblia deve ser lida ao longo de seculos. Essa leitura, a partir de situações e necessidades diferentes, poderá levar a colocar determinados acentos em um periodo, e não em outro: acentos morais, politicos, culturais, misticos. Importante é que a reflexão de conjunto da comunidade cristã esteja em condições de perceber em cada momento os elementos que são substanciais e aqueles que são marginais no conjunto do testemunho transmitido e da fé vivida. A leitura e a interpretação da Sagrada Escritura recomeçam a cada época, com cada cultura, com cada individuo e abrem-se sempre para um futuro cada vez mais pleno, que assume e plenifica as interpretações precedentes.


Horacio Simian Yofre - Professor ordinario de Antigo Testamento no Pontificio Instituto Biblico de Roma


Avatar - O filme

Por Francisco Thiago

Sem muitas pretensões, guardei o domingo para dar uma saidinha com a namorada. Nossa opção era o cinema (somos pouco criativos) e os filme candidatos eram dois: 2012 e Avatar. Eu queria 2012 (queria ver o fim do mundo em 3D) ela queria Avatar... Fomos assistir Avatar.Comprei os Ingressos pela Ingresso.com. Apesar da taxa de conveniência, comprar pela internet é a melhor solução para quem não quer pegar fila e garantir o seu ingresso, apesar dos adolescentes tresloucados por "Crepúsculo" ou o próximo blockbuster adolescente. Aconselho!

Enfim, chegamos atrasados (eu estava comendo) mas não o suficiente para não compreender a história (ainda que os traillers já a tenham deixado o "mote" do filme bem claro). O filme é um show para os olhos. James Cameron (que não é uma das Panteras) gastou muito bem cada centavo do filme. O visual é mágico, os seres do planeta Pandora são de uma concepção artística muito bela e curiosa. É interessante notar traços da personalidade - e da aparência, no caso dos "avatares humanos" - pintados nos Na'vi, os nativos de Pandora.

O roteiro também é bem amarrado. Apesar de usar a clássica saga do herói - o cara "nada a ver" que se torna o The Chosen One - o filme está longe de ser piegas ou apelativo. Os detalhes da história estão bem amarrados e nada, no filme, surge do acaso (a não ser uma estação avançada que, ao meu ver, não tinha muita razão de ser). Enfim, o filme é lindo. E daqueles que compensa serem assistidos no Cinema - e em uma sala 3D. A propósito, assista dublado e bem próximo da tela. Não tenha medo da dublagem (que está ótima) e nem medo de ficar com o pescoço dolorido. Pode acreditar, você não vai querer ler legendas quando o monstro pular da tela pra cima de você... E tão pouco ser trazido ao mundo real graças a sua visão periférica.


A história
É inevitável falar que o filme tem sim um fundo ambientalista. Basicamente, os empresários e militares - aqueles malditos - estão querendo, a todo custo, um mineral muito caro que pode ser encontrado em abundância no Planeta Pandora e embaixo da colônia de um clã nativo. É enviado um "cabeça de prego" - o nosso messias - para aprender os costumes e tentar "negociar" uma mudança daqueles Na'vi. No processo, ele acaba aprendendo a filosofia dos Na'vi e se apaixonando. por Neytiri, a filha do chefe do clã. No final das contas, aquele que veio para roubar, matar e destruir, acaba se convertendo ao modo de vida dos Na'vi e os defendendo da maldita raça humana. Clichê. Mas muito bonito.

Referências
As referências - ou Easter Egg's, para os Nerds - estão presentes em toda a história. Detalhe que identifica o espectador e transforma o filme em uma deliciosa descoberta a cada "assistida". Começamos com o nome da raça. O nome Na'vi está bem próximo da palavra hebraica que é utilizada para definir "profeta". E verdadeiramente, eles tem algo para contar. De forma intrigante, eles fazem parte do futuro e do passado que o filme anuncia. Um planeta terra decadente que explora outros planetas e estrupa outras culturas. São seguidores de uma religião (por falta de palavra melhor) que tem Eywa como divindade principal. Segundo sua crença, a energia (vital) é emprestada a todos os seres vivos. E que, ao final da vida, esta energia é devolvida para Eywa. O relascionamento dos Na'vi com os seres vivos do planeta lembra, de certa forma, a filosofia budista e rasta também. A integração entre os seres vivos fica clara nas cenas onde Neytiri mata os cachorros selvagens e na forma como eles se conectam com os animais que montam. Até as longas madeixas tem um "porquê".
O nome do planeta também é uma referência externa interessante ao mito de Pandora. Sabe-se que Pandora portava uma caixa que em hipóteses alguma deveria ser aberta. CLARO que ela abriu e deixou escapar tudo o que havia de mal. Quando ela fechou a caixa, só conseguiu prender o que havia de bom. Seria o planeta Pandora "tudo de bom"?
A forma como os nativos se cumprimentam - Eu vejo dentro de você - de alguma forma me faz lembrar muito da forma Namastê utilizada pelos Indianos e também pelo cumprimento de algumas tribos africanas, que tem o mesmo conceito. O Deus que habita em mim é o mesmo Deus que habita em você. Eu conheço você!

Teria algo de Teologia Liberal neste filme?
É algo difícil de se afirmar, uma vez que o conceito de "Teologia Liberal" está bem gasto e já se cria um "senso comum" a respeito do termo. No entanto, ligações entre o que se chama de teologia liberal hoje são plausíveis.
A crença dos Na'vi - onde Eywa recebe de volta toda a energia utilizada pelos seres viventes - se encaixa muito com os conceitos criacionistas mais recentes.
Os cientistas que estão investigando o planeta Pandora, descobrem uma ligação entre todos os seres. Como se fosse um sistema neural muito sofisticado, todo o planeta estaria interligado através dessa rede. Os humanos e os outros animais se ligam a essa rede através de terminais presentes em seus cabelos. Eles se ligam a Eywa quando querem. Dessa forma, Eywa está em tudo e em todos. Seria isso uma sombra do PanEnTeísmo?
Uma última e forte observação. No final do filme, ao pé da Árvore sagrada, acontece um ritual onde Jake Sully - o "messias cabeça de prego" - é transportado de modo definitivo para o seu avatar. Creio que a ligação é clara. Jake Sully está se convertendo em um Na'vi. Ao passar definitivamente para o corpo do seu Avatar ele transforma-se numa nova criatura de fato. A transformação e o discipulado dos Na'vi acaba sendo melhor que o de muitas igrejas, já que Jake Sully não é motivado a fazer o que faz por conta de leis e proibições. Ele faz por conta da sua própria consciência.
Pra sorte dele, os Na'vi não acreditam em jugo desigual. Deu pra ele conhecer a Neyriti no sentido bíblico da coisa.

Palavra final
Assistam ao filme. E depois me contem o que acharam!

Abraços do Amado

*Imagens extraídas do site Cinema em Casa e de pesquisa no Google Imagens.

Fonte: http://projeto5.blogspot.com/2009/12/avatar.html

Reflexão: Não quero mais ser evangélico!!!!

** Excelente texto. Embora um pouco antigo, mas não desatualizado. Autoria do Pr. Ariovaldo Ramos**

'Irmãos, uni-vos! Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas'. Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999 anunciando formação do 'Sindicato dos Pastores Evangélicos no Brasil'.

Foi a gota d'água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo 'evangélico' perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante - o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por 'profissionais da fé'. Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.

Chega dessa 'diabose'! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar: voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam - em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome 'meu', mas, o pronome 'nosso'.

Para que os títulos: 'pastor', 'reverendo', 'bispo', 'apóstolo', o que eles significam, se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, 'onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei' de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!

Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao 'instruí-vos uns aos outros' (Cl 3. 16).

Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: 'Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. '(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras 'todo o Evangelho ao homem... a todos os homens'. Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que 'acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos', sem adulterar a mensagem.

Fonte: Publicado em 23 de junho de 2003 no site da Rede Sepal, de autoria do Pastor Ariovaldo Ramos.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Perto de Deus - Cidade Negra

Yeah!
Me dê sua mão agora
Sair por aí
E ver o mundo afora
Sonhar, chegar...

Não quero
Dizer tudo que eu sinto
E o que eu vivi
A vida
Tá sendo boa agora
Cantar, chegar...

Perto de Deus

Yeah!
Me dê sua mão agora
Cantei, senti
Que a vida tá lá fora
Cantar, voar...

Eu tive as chances
Que uma vida
Pode dar pra alguém
Cantei
Assim senti
Que fui muito mais além
Chegar, ficar...

Perto de Deus

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Analfabetos bíblicos

Se existe uma coisa que eu gostaria que acontecesse neste Brasil seria uma perseguição religiosa, com a proibição de se abrirem igrejas pentecostais, ou melhor, peStecostais, pois estas têm explorado a população mais pobre do país, a qual, em busca de milagres, tem lotado os galpões e catedrais, onde essas igrejas fazem suas espúrias reuniões, pregando um falso evangelho. Elas começam funcionando em galpões alugados e, pouco tempo depois, com a extorsão dos dízimos e ofertas, tornam-se proprietárias de edifícios enormes, ao mesmo tempo em que os seus fundadores se locupletam do dinheiro dos pobres, o qual é enviado aos bancos internacionais. E os infelizes enganados pelos seus ardis religiosos vão ficando cada dia mais pobres, aguardando os milagres prometidos, pois os falsos pastores sempre usam a desculpa de que o crente “não recebeu o milagre porque sua fé não foi suficiente”.

No caso de uma perseguição religiosa, com o fechamento dessas igrejas, os cristãos iriam se reunir em locais discretos, sem barulho algum e sem extorsão contra os membros, com uma permissão oficial, como acontece em alguns países, onde o verdadeiro Cristianismo tem florescido de maneira extraordinária. O Cristianismo do primeiro século floresceu exatamente porque foi perseguido e quem ao mesmo se filiou era realmente um crente que amava Jesus Cristo e desejava crescer na graça e conhecimento de Sua Palavra Santa.

Hoje em dia, a maioria das pessoas corre para uma igreja pentecostal - como as igrejas da IURD, do R. R. Soares, as do “apóstolo” Waldomiro Santiago, e outras imitações baratas, em busca de poder e milagres. Por isso esses jacarés espirituais, aproveitando a ignorância secular e bíblica dos seus membros, exploram-nos à vontade, vendendo promessas e milagres, que nunca se realizam. E como “a esperança é a última que morre”, as vítimas desses mentirosos continuam enchendo os gazofilácios de suas “sinagogas”, esperando algo de bom, que jamais vai acontecer...

Um desses meliantes do Evangelho, o “apóstolo” Waldomiro Santiago, vende CDs, lenços ungidos e, tendo visto a prosperidade do negócio embasado na ignorância dos seus frequentadores, agora está vendendo também água da torneira, engarrafada em potinhos plásticos, garantindo que se trata de água ungida de poder, para curar todos os males e dar prosperidade financeira. Mas o que se poderia esperar de um “apóstolo”, que exige 30% de dízimo de suas vítimas?

Segundo as notícias da mídia, esses falsos bispos e apóstolos têm por hábito abrir igrejas sem alvará, não pagando os aluguéis em dia e, quando a fiscalização aperta, eles fecham a igreja “perseguida” e procuram outro bairro da cidade grande, onde abrem outra igreja, levando suas vítimas para lá e ganhando novas vítimas para o seu escuso negócio religioso.

Antigamente, eu costumava escrever contra os erros e heresias do Catolicismo Romano. Mas depois de ter começado a investigar os crimes praticados pelos falsos pastores “evangélicos”, resolvi deixar o papa de lado e me voltar para esses espertalhões, que são bem piores. O Catolicismo Romano prega a idolatria de imagens, rosário, água benta, etc., mas é menos ganancioso e tem mais classe do que essa religião que nada tem de evangélica, sendo realmente kakangélica, pois prega um falso evangelho e explora os que acreditam nas lorotas dos seus fundadores.

E quem achar que estou arrependida por ter abandonado o Catolicismo e me tornando protestante, fique sabendo que eu não me converti a uma religião, mas a Jesus Cristo, lendo a BÍBLIA; por isso não corro o menor risco de voltar à religião do papa.

O segredo da expansão do chamado “evangelho da fé/prosperidade” é que os espertos pregadores prometem curas e milagres, aproveitando as passagens bíblicas que dão a falsa impressão de que eles estão pregando a verdade e, desse modo, vão enganando os pobres brasileiros, que estão sempre à espera de algo melhor que possa acontecer em suas vidas.

Os pregadores pentecostais e “avivados” gostam de pregar o Velho Testamento, no qual Deus promete riqueza aos judeus obedientes à Lei de Moisés e, usando a falsa teologia católica dominionista de que “Israel foi extinta para sempre e que a Igreja é a nova Israel de Deus”, eles vão prometendo mundos e fundos aos cristãos, apropriando-se indevidamente das promessas divinas escritas (e entregues) exclusivamente para os judeus, na próxima dispensação judaica, a segunda (verdadeira) dispensação pentecostal.

Muitos pentecas fanáticos (e também católicos papistas) costumam me escrever com injúrias, criticando meus artigos. Mas para toda essa gente iludida por sofismas religiosos, tenho a uma boa lixeira, onde sempre caem os e-mails indigestos, que nem me dou ao trabalho de ler, além da primeira linha (os primeiros) e nem sequer uma palavra, a partir dos seguintes, pois não tenho tempo a perder com esses analfabetos bíblicos!

Mary Schultze

Fonte: http://www.maryschultze.com/news.php?readmore=172

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Como Zaqueu ??????

Queria falar sobre essa musica que tem sido cantada pelos quatro cantos do país, tanto pelos evangélicos, como pelos catolicos e afins. A musica tem sido tocada exaustivamente em rádios e TVs, seja qual segmento for, e em diversos ritmos, desde o pagode ao funk. Se tornou uma febre.

Eu nunca havia entendido porque eu nunca gostei dessa musica, desde a primeira vez que ouvi. Não era apenas só porque as primeiras pessoas que ouvi cantando esta música tinham uma vida totalmente fora dos caminhos de Cristo, vivendo um grande teatro, uma farsa que me dá náuseas só de lembrar. Tinha algo alem disso. Mas eu precisava entender o por quê.

O tempo passava e eu tinha apenas aversão a esta musica, sem saber explicar o motivo. Todas as vezes que ela tocava perto de mim eu tinha vontade de sair correndo e ficar o mais longe possível dela. E eu me indagava: é necessário descobrir a razão pela qual essa canção me incomodava.

Depois de algum tempo, eu vi esse vídeo na internet, uma parodia da musica:


http://www.youtube.com/watch?v=f-eOkW4gOwA

Então a ficha caiu e pude concluir porque eu nunca tinha gostado desta musica. A canção diz: “Me ensina a ter santidade”. Onde no texto Zaqueu disse isso? Zaqueu disse assim: "Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais" (Lucas 19.8, NVI)

Zaqueu era uma pessoa corrompida pelo dinheiro, e quando encontrou Jesus percebeu que não podia mais ser escravo do dinheiro. Era necessário mudar sua postura em relação ao dinheiro.

Logo em seguida, Jesus lhe disse: "Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão.” (Lucas 19.9, NVI)
Jesus disse que houve salvação não porque Ele entrou na casa de Zaqueu, mas porque Zaqueu escolheu mudar sua postura em relação ao dinheiro. Muitos acreditam que se uma pessoa convidar Jesus para entrar no seu coração (assim como Jesus entrou na casa de Zaqueu) a salvação chegou.

Não. É preciso abrir mão de tudo o que nos prende a esse mundo, e se houver algo a ser corrigido, ai sim terá salvação na sua casa (na sua vida)

Então pude entender o porque desta musica me incomodar tanto. Descobri que, na verdade, esta musica que as pessoas estão cantando é uma das musicas que mais escondem um desejo oculto nas pessoas de nossa geração. O que na verdade as pessoas estão desejosas de cantar foi feito esplendidamente por esses dois rapazes do vídeo acima. Eles conseguiram sintetizar o sentimento que existe no coração das pessoas hoje que estão buscando a igreja: querem apenas dinheiro. O deus que estas pessoas servem se chama Mamom, o deus que Cristo apontou em Mateus 6.24.

Se o autor da musica tivesse sido fiel ao texto bíblico e cantando: “Me ensina a perder o amor ao dinheiro” ou então “Me ensina a devolver o que não é meu”, ou “Me ensina a dividir o meu dinheiro com os pobres”, teria ensinado uma grande lição e uma grande verdade bíblica. Mas não venderia tantos CDs e não teria sua musica tocada pelo Brasil afora. E entre cantar a verdade e ganhar dinheiro, o que vocês acham que uma pessoa vai escolher?

Se ele tivesse cantado o que a Bíblia realmente diz sobre a historia de Zaqueu, talvez a reação das pessoas seria como a do jovem rico: achariam o discurso lindo, mas voltariam para suas casas preocupadas com suas riquezas e com suas posses.

Me ensina a ter santidade é muito vago, se voce partir do pressuposto de que muita gente tem sua interpretação para o que é ter santidade. E tudo o que as pessoas querem é uma religião vaga, sem muita explicação, uma fé apenas de sentimentos, sem mudança de atitudes.

Agora, cantar “Me ensina a perder o amor ao dinheiro” ou então “Me ensina a devolver tudo o que não é meu”, ou “Me ensina a dividir o meu dinheiro com os pobres” é direto e não tem outra forma de interpretar.

Me ensina a ter santidade........Como Zaqueu? Foi essa a sua atitude perante Jesus?

(Os rapazes do vídeo acima disseram que a musica é apenas uma brincadeira, não tiveram que a coragem de dizer que é isto que está dentro dos corações daqueles que só querem o dinheiro. É preciso respeitar então a postura deles, de dizerem que é apenas uma brincadeira. Mas existem outras pessoas que fizeram outras parodias com esta musica e não se envergonharam de falar a verdade. Vale a pena ver esse outro vídeo também: http://www.youtube.com/watch?v=QHIyaZXPstM&feature=related)